quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Caminho para casa
Fim de aurora, começa o crepúsculo e aquela sensação de mais um dia. Pela ponte passa o funcionário com frango e café na sacola, quem sabe até um doce no bolso, cansado e ainda disposto a agradar. Do outro lado a menininha correndo na frente e a mãe andando atrás, e dali é fácil ver as luzes do circo. Já na rua um boteco, no banco sentado um velho, na mesa a velha cachaça. Os cachorros brigando pelo lixo, os carros eufóricos brilhando em direção ao lar, os pés apressados na faixa. O churrasquinho de gato na esquina, a lua com poucas estralas, a despedida do jovem casal no portão. Um aceno ao vizinho,por fim um sorriso no rosto, o cheiro de casa e o esperado descanso.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
crônicas dos rabiscos no caderno
.O bar do filho do gordo
Quando falavam homem magro, não importava qual fosse o contexto marrie logo imaginava aquele homem magro. Era o estereótipo do que ela achava que devia ser um homem inglês. magro, alto, meio curvado para trás de desequilibrio, com uma cartola e terno de seis botões, e, é claro, um guarda-chuva fechado só para apoiar. E ele vinha todo rachurado (expressão originada da frança, mas o homem era inglês!) usava aqueles óculos redondos e pequenos e não sabia muito bem o que estava fazendo ali parado entre as linhas daquele caderno, mas não porque não tinha nada pra fazer. Ele tinha caminhado até alí com um propósito, mas quando chegou esqueceu o que era. O caderno de marrie tinha esse poder de fazer qualquer um esquecer porque tinha aparecido ali. Mas enfim, era uma inevitável associação agora para a marrie a figura daquele rabisco perdido as palavras homem magro.
Alziro o chamava de filho do gordo, então devia ser gordo também, mas ainda assim filho, sabe? Mais filho que gordo eu acho... como aqueles filhos que usam capacete para andar de bicicleta e pé de pato na piscina. Mas devia ser adulto, pois já tomava cerveja com Alziro, e Alziro já tinha seus 30.
Sabe-se que o gordo tinha um bar, frequentado por universitários boêmios daquela quadra uns 20 anos atrás, e que depois que morreu, o filho dele tocou o negócio. Por isso o nome, filho do gordo, seu nome mesmo ninguém lembra. Mas todos dizem que, assim como na época do pai, o bar era meio grotesco, sujo. Tudo era engordurado, a teoria predominante era de que o filho do gordo beliscava o pernil do balcão e não se importava em limpar a mão para servir os copos. Da primeira vez que foi no bar, Alziro pediu um pão com fatias de pernil e limão, o filho do gordo pegou as fatias com as mãos, abriu o pão entre os dedos, limpou a mão na camisa, misturou tudo e serviu, Alziro disse que comeu, porque macho que é macho come o sanduiche do filho do gordo!
Alguns dizem que o filho do gordo é nojento só para manter o negócio, sabe? Os amigos de Alziro seguiram o filho do gordo durante uma semana, e disseram que a casa dele é impecável e que a própria cozinha do bar era um brinco, mas quando ía para o balcão colocava aquele avental encardido e fazia cara de gordo, para manter a imagem que o pai dele teve tanto trabalho em construir. A imagem de bar de macho, de macho que come com a mão, bebe na garrafa e cospe no chão!
.O homem magro
Quando falavam homem magro, não importava qual fosse o contexto marrie logo imaginava aquele homem magro. Era o estereótipo do que ela achava que devia ser um homem inglês. magro, alto, meio curvado para trás de desequilibrio, com uma cartola e terno de seis botões, e, é claro, um guarda-chuva fechado só para apoiar. E ele vinha todo rachurado (expressão originada da frança, mas o homem era inglês!) usava aqueles óculos redondos e pequenos e não sabia muito bem o que estava fazendo ali parado entre as linhas daquele caderno, mas não porque não tinha nada pra fazer. Ele tinha caminhado até alí com um propósito, mas quando chegou esqueceu o que era. O caderno de marrie tinha esse poder de fazer qualquer um esquecer porque tinha aparecido ali. Mas enfim, era uma inevitável associação agora para a marrie a figura daquele rabisco perdido as palavras homem magro.
cheira como folha doce
Sempre desdenhei das rosas
Não às acho mais dignas de atenção
que as delicadas estruturas
orquidais
Mas, recentemente deixei-me
embriagar pela fragrância
de suas pétalas em
espirais
pálpebras minhas, sonolentas,
desfalecem e acabo por ceder
ao aroma do vermelho intenso
olfato, olfato
és traidor olfato
és traidor de culpa isento.
sábado, 15 de agosto de 2009
cookies, massas e saladas.
Adoro comer cookies, gosto de descrever cookies ( biscoitoss amantegados com gotas de chocolate, geralmente redondos), gosto até de falar cookies. E um dia vou aprender a fazer cookies . Na verdade já sei fazer biscoito, biscoito amantegado ( muito bom, dizem por aí ) mas não são iguais aos cookies, sei que se colocasse gotas de chocolate não ficariam iguais. Confesso : nunca procurei a receita, mas é porque acho que não é a hora de fazê-los, só de querer fazê-los. Mas, quando chagar a hora eu vou procurar a receita. Assim como macarrão e pão, adoro macarrão e pão. Um dos meus sonhos é saber fazer todo tipo de massas e uma baquete perfeita! (acho que foi um dos personagens de Martin Page que disse que quando se examina uma baquete você vê a perfeição ) e já até meio que sei como fazer , porque vi o Oliver fazendo, ( o oliver é um homem com o qual eu poderia me casar. ele é simpático, sabe cozinhar e poderia alimentar essa minha vontade de saber fazer o que normalmente se compra ) mas nunca lembro da receita direito e quando assisto o programa não anoto nada-parece tão fácil que eu acho que vou lembrar. Eu devia aprender a fazer saladas...e molhos de saladas. Vez ou outra me dá uma vontade de comer salada, e eu não sei fazer nenhuma. E não é como vontade de doce que suprimos com um chocolate, ninguém vende saladas! macdonald's e bob's vendem saladas, mas não é estranho comprar isso em lugares assim! Mas antes de aprender a fazer tudo isso preciso aprimorar meus conhecimentos culinários em doces..falta um poucoainda, ante-ontem que aprendi que misturando creme de chocolate com claras em neve se fazia mussie...é cookies são doces..preciso aprender a fazer cookie!
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
para quem leu marrieice
Chame-me de alface.
Após aqueles longos 18 anos pensava que o resto seria fácil, afinal sempre estivera entre os melhores da turma, sempre conseguira destaque em todas as gravuras e grafias. Mas, irônicamente, hoje não sabia o que fazer...era a hora de escolher o resto de sua vida e seus pais nem se importavam mais em perguntar "como foi seu dia?", todos seus amigos atentos ou levianos demais à suas próprias vidas e bocas, e nenhum lugar acolhe pessoas sem experiência.
Não, ainda não era um homem, e não o tratavam mais como um garoto. Era um aluno. Só tinham o ensinado ( a vida inteira) a como ser um bom aluno, e ele ficara tão absorvido em aprender que esqueceu de se distrair e pensar mo que fazer depois da aula.
Malditos pais e mestres, vegetaram-me!
Não, ainda não era um homem, e não o tratavam mais como um garoto. Era um aluno. Só tinham o ensinado ( a vida inteira) a como ser um bom aluno, e ele ficara tão absorvido em aprender que esqueceu de se distrair e pensar mo que fazer depois da aula.
Malditos pais e mestres, vegetaram-me!
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