sexta-feira, 18 de setembro de 2009

marrie artista

É sim, sou genial! Na verdade nem caibo em minha grandeza, fico sobrando nessa enorme aurea de artista, por isso vivo tropeçando... Devo ser descendente bastarda de Picasso! Quando eu mostrar nínguem vai acreditar que minhas mãos ergueram tal monumento. Pensando bem...é melhor eu tomar cuidado..vai que alguém rouba meu desenho...vou mostrar para algém de confiança.
- Mãe, olha só isso.
- Minha nossa!
- É mãe, eu sei, tudo bem eu divido os lucros do leilão com a senhora, é até bem justo já que me sustentou por mais de uma década, e...
- Marrie, por que a menina está azul? É uma marciana? você sabe que ela está azul né....será que você é daltônica?
- Mãe! você não me compreende! é calro que ela é azul! eu lancei uma nova tendencia..Oh!
- Filha, isso tá meio estranho...mas o importante é que você acha bonitinho, né...hmm, vai querer sorvete querida?
- Mortais, hum, não entendem nada de pop art. E sim, eu quero sorvete, mas eu me sirvo, hum.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os elefantes Cinza Chumbo


Não, ele não se contentara com aquela explicação boba sobre a chuva!
Sabia como tudo acontecia!
Pôde ver claramente do avião naquela viagem. Eram os elefantes Cinza Chumbo! Eles faziam as chuvas! Enquanto todos dormiam conseguiu ver (era o seu segredo, dele e dos elefantes). Lá estavam eles, enormes, dançando nas nuvens branco neve - por isso lá as vejo acinzentadas - e eles conden..condensavam (isso!) o ar em suas trombas, jorravam as gotas para cima e elas bamboleavam pesadamente até o chão. Eles sorriam e algumas vezes gargalhavam alto como trovão, usavam óculos em formato de estrelas que vez ou outra refletiam bruscamente algum raio de sol desavisado que brachava a manada.
Suspirou em seu bocejo enquanto os via partir. Saltavam para outras nuvens e pouco a pouco o céu voltou ao seu azul claro de antes. Rios evaporando...papai é um bobo. Era assim que chovia, com a dança dos elefantes cinza chumbo!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

cintilante







Navegou submersa todos aqueles mares que outrora pertenceram a Poseidon, até que numa noite perpendiculou a corda d'agua. O céu sem lua envolveu seus cabelos, seios e cauda num negro frio e seco . As estrelas cintilavam sutilmente as gotas escorridas das longas mechas mel, das pontas dos dedos, do contorno dos seios das rendas das escamas. Cambaleou o mundo num segundo de esplendor, mesmo os que estavam em suas casas, em suas camas sentiram as borbulhas mais extasiantes no canto das orelhas, e a sonolência macia que só aquela imagem poderia oferecer aos olhos nus. Não, não a tinham visto, mas piscaram, todos ao mesmo tempo quando ela mergulhou geometricamente para o oceano azul.